Drogas e suas consequências sociais

DROGAS E SUAS        CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS 

NESTA EDIÇÃO DO BLOG DIVULGAREMOS ENTREVISTAS COM USUÁRIOS DE DROGAS DA CIDADE DE RIO NOVO DO SUL, RETRATANDO SUA REALIDADE E AS CONSEQUÊNCIAS QUE O VÍCIO DAS  DROGAS TRAZEM CONSIGO.

Rio Novo do Sul é um município pertencente ao estado do Espírito Santo. É uma típica cidade do interior, com pouco mais de 13000 habitantes. E como principal característica de cidade pequena, todo mundo se conhece.
Neste município é notório a presença de usuários de drogas pelas ruas. Eles são vistos até na pracinha da cidade,  onde amigos e familiares se encontram diariamente.
Neste blog, vamos abordar o tema “Drogas e suas consequências sociais”, e nada melhor do que os próprios usuários nos contarem um pouco de sua realidade e as consequências que tal vício propicia a sua vida social e pessoal.












                REPORTAGEM
Um dos problemas sociais do município são as drogas: substâncias ilícitas que aflige uma parte da população rio novensecausando danos as crianças que nasceram no meio desse âmbito.
• Nossas entrevistas foram baseadas em habitantes do município, fatos reais e com total autorização da divulgação de seu nome. 
Fizemos uma pesquisa local, a fim de conhecer os motivos pelo qual os indivíduos usam as drogas; como isso os atingem; como o individuo sente-se diante a sociedade; quais os desafios no seu cotidiano e quais as consequências que as substâncias trouxeram para sua vida. 
Nossa primeira entrevistada chama-se Solange da Silva, 24 anos de idade, natural de Minas Gerais, porém, reside no município desde 2017. Fizemos as respectivas perguntas citadas acima:
Segundo Solange, o motivo do uso de drogas foi a curiosidade, visto que sua primeira experiência foi com a maconha aos 14 anos de idade, junto de amigos que faziam uso frequente da droga, a partir desse momento, seus usos se tornaram habituais, possibilitando ao experimento de novas drogas. Em sua segunda experiência com drogas, Solange fez uso da cocaína e que mais tarde evoluiu para o crack, droga que atualmente a mesma faz uso constantemente. 
FALA DA ENTREVISTADA: “Eu nunca fui interessada em estudos e sempre andava com gente errada, acho que foi por isso que vi a droga como uma parada boa naquela época, ela deu sentindo na minha vida mas que ao mesmo tempo tirou vários sentidos também.” 

Perguntamos a entrevistada como esses hábitos atingiram sua vida e a resposta que obtivemos foi: “Eu sou viciada mas não admito para mim mesmo, sou ignorante e algumas vezes agressiva, o que afasta as pessoas da minha beira, por isso nem peço ajuda e nem quero. E por ser viciada, eu quero a droga toda hora e nem sempre descolo dinheiro, então, tenho que fazer a vida nas estradas, já fui agredida por motoristas, já quase me mataram e já deixaram de me pagar pelo programa que eu fiz, tudo isso para conseguir uma grana para usar minhas drogas.” 
Além disso, a entrevistada possui 2 filhos com o seu atual companheiro e que por conta da sua precária condição financeira e pelo constante uso das drogas, as crianças foram para o abrigo do município. 
Situação de diversas crianças que nasceram nesse meio social e que contam com a ajuda de abrigos, nosso município, por exemplo, conta com a ajuda da prefeitura que arca com as despesas. 
Diante dessa conjuntura, foram feitas as respectivas perguntas “como a entrevistada se sentia diante a sociedade” e “quais os desafios do seu cotidiano.” 
Solange mostrou-se apática do assunto, sem emoções e disse com clareza: “Me sinto como uma qualquer, ninguém confia em mim e eu dou razão a isso, não tenho dinheiro, não tenho roupas bonitas. Aqui em Rio Novo, você se torna conhecido em pouco tempo, então ninguém me respeita mais também, minha casa é a estrada e as vezes algum lugar que meu esposo encontra para dormir.” 
Ademais, Solange não entrou em detalhes mas disse que não tem contato frequentecom sua família de Minas Gerais. Para a próxima pergunta, a entrevistada expressou tristeza e disse: “O primeiro de todos é a fome, eu e meu esposo não temos lugar fixo para comer e muito menos para dormir, as vezes, arrumamos um beco, casa de amigo mas já nem lembro a sensação de dormir bem. E penso nos meus filhos, quase todos os dias, como fui capaz de deixa-los por causa de uma porcaria de droga, eu deixei ela me dominar e não me orgulho disso.” 
Para a última pergunta, Solange mostrou-se pensativa mas foi objetiva em seus argumentos: “Não consigo me livrar dessa droga, por causa disso também não consigo um emprego para me sustentar e poder criar meus 2 filhos, porque aqui em Rio Novo não tenho ‘vez’, ninguém me olha como uma pessoa ‘normal’, sempre me encaram como se eu fosse alguém suja, e eu sei que sou mas é ruim isso e encontro conforto no crack, quando estou drogada, eu ligo o ‘foda-se’ e não quero saber mesmo da opinião e nem dos olhares das pessoas daqui” 

  
                    
• Situação do local onde Solange e seu companheiro se locam algumas vezes.

REPORTAGEM
Nossa segunda entrevistada é Rosane Calvi, de 36 anos. Ela é funcionária do abrigo do município e acompanha de perto a realidade das crianças abandonadas pelos pais por conta principalmente do vício nas drogas.
Rosane começou nos explicando melhor o que é e como funciona esse abrigo: “O abrigo é uma casa de acolhimento as crianças abandonadas pelos pais ou retiradas por ordem judicial. Tais abandonos e retiradas tem como motivo varias situações, e uma das principaiscausas é o vicio dos pais mediante as drogas.”
Agora apresentaremos um bate e volta de perguntas que nos mostrará claramente a realidade do abrigo.
ENTREVISTADOR: As crianças desse abrigo podem ter algum tipo de contato com seus pais ou familiares?
ROSANE: Enquanto houver vínculo familiar, os pais podem visitar. Porém, a partir do momento que são destituídos, os pais não podem mais vê-los. Não é mais permitido nenhum tipo de contato.
ENTREVISTADOR: Essas crianças tem o direito de ir para a escola?
ROSANE: Com toda certeza, elas freqüentam a escola. Os especiais tem um acompanhento na pestalozzi do município. Além disso, as crianças fazem quaisquer outras atividades, elas brincam muito.
ENTREVISTADOR: Esse projeto é da prefeitura?
ROSANE: Sim, a prefeitura atua com todos os recursos, sendo escolar, alimentício e tudo que for necessário as crianças.

Nesse abrigo as crianças são tratadas com muito cuidado e carinho. A casa está sempre limpa, bem cuidada e se evidencia a segurança em que as crianças se encontram.
As crianças ficam lá ate serem adotadas, em busca de uma vida melhor e de oportunidades. As que não são adotadas até uma certa idade, não se sabe como será o futuro.
Rosane nos explicou que as crianças temseqüelas da gestação, onde a mãe consumiu drogas. Muitos tem dificuldades para dormir, com muitos pesadelos. Outros temcomportamentos estranhos, alguns adquirem até doença. A maioria das crianças são desconfiadas e agressivas, é muito difícil conseguir a confiança e o afeto delas, devido a vários fatores de suas vidas que as levaram a isso. Porém, depois de certo tempo viram crianças dóceis e que precisam de muito carinho e cuidado, elas se apegam demais. Porém, não existem funcionários fixos no abrigo, o que faz com que as crianças passem por cuidado de varias pessoas diferentes durante a vida.
Rosane também nos contou um fato ocorrido, onde ela e uma criança do abrigo entraram em um carro, e a criança ficou com muito medo e começou a chorar, achando que estava em um carro da policia. É um exemplo de traumas que adquirem ao longo dessa vida tão cruel que eles enfrentaram desde a gestação.
O abrigo é um projeto muito importante para a cidade, pois cuidam dessas crianças e dão chances e direitos que elas merecem em sua vida, como qualquer outra criança.



 IMAGEM DO ABRIGO (ROSTO DAS CRIANÇAS NÃO PODEM SER EXPOSTOS) 

(IMAGEM DO ABRIGO) 



Nossas reportagens mostraram o quanto a droga é perigosa, e com ela vem as conseqüências para pessoas que não tem culpa de nada, como os filhos dos usuários.
É valido ressaltar que não só Rio Novo do Sul enfrenta tal problema, no Brasil todo tem-se reportagens como essas, retratando situações que muitas das vezes são piores do que as enfrentadas nesse município.
Os cuidados a essas crianças devem ser constantes, e as drogas devem ser combatidas já!
Devemos fazer desse problema social, uma enorme união social, a fim de acabar com as drogas e melhorar a realidade que muitos brasileiros enfrentam.


NELCIANE, MARIANA, SOFIA, CAMILA, MICHELLI E YURI. 3M1

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